terça-feira, 15 de março de 2011

Brasil e o Conselho de Segurança da ONU

   É engraçado como alguns podem tanto e outros, para entrar no jogo, precisam se submeter ao direito de não poder nada. O Conselho de Segurança da ONU é o maior exemplo disso. Para fazer parte do Conselho, a nação pretendente não pode ter participado de guerras recentes e não deve possuir armamento nucleares. O Brasil se encaixa perfeitamente nesse perfil e, por isso, está pleiteando um acento permanente no Conselho, assim como Rússia, Estados Unidos, França, China e Reino Unido. Espera, mas e a regra de não ter participado de guerra e não possuir armamento nuclear? Os cinco países admitem possuir material nuclear. Além disso, Estados Unidos e Inglaterra se envolveram em duas recentes guerras: Afeganistão e Iraque. Esqueci, era tudo em nome da paz mundial. Mas os milhares de inocentes mortos? É tudo em nome da paz mundial.
   A presidente Dilma aguarda ansiosa a chegada de seu colega Obama ao Brasil. Será a oportunidade perfeita para o Brasil se humilhar mais uma vez e pedir apoio para conseguir o tão sonhado acento no Conselho de Segurança. Mas Dilma vai pedir apoio a um país responsável por promover duas guerras que mataram milhares de inocentes? Isso mesmo. Vamos nos ajoelhar perante uma máquina de guerra para solicitar a entrada no órgão responsável pela garantia da paz mundial. Acho que há certa contradição nisso. Além do Brasil, a Índia também está pleiteando uma vaguinha. Bom, mas nossos irmãos da Ásia participaram de guerras recentes e também admitem possuir material nuclear. Mesmo assim, Obama foi camarada e já oficializou seu apoio aos asiáticos. Talvez seja por estarem em situações parecidas.
   Em vez de se preocupar tanto em entrar num órgão tão hipócrita e, aparentemente, corrupto, Dilma deveria se preocupar mais em garantir a soberania e a segurança do povo brasileiro. Isso pode parecer discurso demagogo e clichê, mas enquanto o Brasil passa por sérios problemas, nossa presidente vai mais uma vez se curvar diante dos EUA. Não estou dizendo que o governo nada faz. Só acho que poderia guardar as energias para causas mais nobres.

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